O recado que deve ser dado para o insistente argumento de que "não há provas":
Provas materiais:
– Termo de adesão à Bancoop, datado de 01/04/2005, do apto 141 (original), com 3 dormitórios, avaliado em R$ 195 mil. Matrícula do imóvel, datada de 2014, indica que a OAS vendeu o imóvel do edifício Solarisa outra pessoa.
– Termo de adesão à Bancoop encontrado na casa de Lula, sem assinatura, referente ao duplex 174 (depois transformado em triplex 164-A). Documento foi rasurado, para simular que Lula havia adquirido um apartamento comum, o 141, não o triplex.
– Perícia nos registros da Bancoop identificou que o único imóvel com reserva no empreendimento Solaris era o duplex 174 (depois triplex 164-A).
– Na tabela de venda dos apartamentos do Solaris, de 2012, o triplex não aparece disponível para a venda, embora não houvesse proprietário identificado.
– O triplex 164-A também é o único que aparece sem proprietário numa lista de contratos e proprietários do Condomínio Solaris, apreendida na OAS.
– O empreendimento da Bancoop foi transferido para a OAS em 2009 e todos os participantes da cooperativa tiveram 30 dias para celebrar novos contratos ou exigir a devolução do que havia sido pago. Lula e Marisa não fizeram nem uma coisa nem outra, tampouco pagaram o restante do débito do imóvel.
– Matéria de O Globo de 2010 fala sobre o “triplex de Lula”. Não houve contestação pelo então presidente.
– Notas fiscais, contratos e projetos que provam a reforma efetuada no triplex após visita de Lula, inclusive com a instalação de elevador privativo, ampliação do deck da piscina e luxuosa cozinha (a mesma loja fez o projeto da cozinha do sítio de Atibaia).
– Mensagens apreendidas nos celulares de executivos da OAS confirmam encontros para apresentação do projeto da “cozinha do chefe” para a “madame” Marisa Letícia, com a participação de Fábio Lula da Silva, o Lulinha.
– Nas mensagens, Lula é vinculado aos codinomes Brahma e Zeca Pagodinho. Léo Pinheiro, da OAS, depois confirmaria a existência de contas correntes de propina tituladas “Zeca Pagodinho 1” e “Zeca Pagodinho 2”, em referência ao sítio e ao triplex.
– Nas mesmas mensagens, também há a combinação da visita de Lula ao triplex.
– A OAS não reformou nenhum outro apartamento do condomínio.
Depoimentos:
– Em depoimento a Sérgio Moro, Lula disse desconhecer qualquer negociação para a compra do triplex e tentou jogar a culpa em Marisa Letícia. Não soube explicar o documento do imóvel apreendido na sua própria residência. Ele negou ter pedido a reforma e alegou que visitou o imóvel porque Léo Pinheiro “estava querendo vender o apartamento”. Também não explicou a visita de Marisa e Fábio ao imóvel e entrou em contradição em relação a seu primeiro depoimento, feito sob condução coercitiva.
– Léo Pinheiro confirmou em depoimento a Sérgio Moro que o triplex estava reservado a Lula e que as reformas foram feitas a pedido dele e de Marisa Letícia.
– Funcionários da OAS confirmaram a versão de que o triplex estava reservado a Lula e contaram detalhes das visitas de Lula, Marisa e Fábio ao imóvel. A mulher de Lula era tratada como proprietária do imóvel.
– Moradores e funcionários do condomínio também confirmaram que os corretores apresentavam o empreendimento como aquele onde Lula tinha apartamento. O zelador José Afonso Pinheiro chegou a dizer que o engenheiro Igor Pontes, da OAS, disse que não era para falar que o apartamento pertencia a Lula e Marisa.
– Funcionários da Kitchens confirmaram a aquisição de duas cozinhas (triplex e sítio) pela OAS, inclusive com envio do projeto para Fernando Bittar, laranja de Lula,e o pagamento em dinheiro.
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