domingo, 7 de fevereiro de 2016

10 filmes para entender o mundo dos negócios

"A GRANDE APOSTA" (2015)

Entender o mercado financeiro não é fácil, é um assunto recheado de termos técnicos que não parecem fazer o menor sentido apra quem não trabalha em uma bolsa de valores. Eis o grande mérito do novo filme de Adam McKay: explicar de forma didática, até para os mais leigos, o que aconteceu na crise imobiliária norte-americana que se alastrou pelo mundo em 2008.
O longa conta a história de investidores que tentaram, e conseguiram, ganhar dinheiro ao prever uma crise que ninguém esperava. Os recursos narrativos vão desde colocar Margot Robbie em uma banheira para explicar o que é apostar contra um banco a usar o chef Anthony Bourdain para traduzir algumas estratégias do banco por meio de analogias gastronômicas. Tudo é passado com doses de ironia e crítica.
A produção concorre a cinco prêmios da Academia neste ano, incluindo Melhor Filme Melhor Direção.

"TRABALHO INTERNO" (2010)

Tão didático quanto "A Grande Aposta", o vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 2011 explica como executivos de alguns dos principais bancos dos Estados Unidos deram início à crise imobiliária de 2008 sem se preocupar com os resultados. Depois, quando a bolha estava prestes a estourar, as mesmas instituições usaram suas forças financeiras e políticas para evitar a falência e processos danosos.
Narrado por Matt Damon, o diretor Charles Ferguson entrevista políticos, economistas, investidores, como o bilionário George Soros, e até alguns dos envolvidos no escândalo. Sem muito humor, o documentário expõe de forma direta e muito didática como a crise se formou.

"O LOBO DE WALL STREET" (2013)

Um dos maiores sucessos de bilheteria da parceria Martin Scorcese e Leonardo DiCaprio narra a história de Jordan Belfort, um executivo que fez muito sucesso no final dos anos 80 nos Estados Unidos. Para quem via de fora, a trajetória era, basicamente, a realização do "american dream": um jovem de classe média baixa que consegue constuir sua fortuna. Belfort chegou a ser tema de uma grande matéria de FORBES.
O longa, baseado no livro homônimo do executivo, no entanto, revela outro lado: como o investidor, interpretado por DiCaprio, utilizou-se das artimanhas mais escusas para conseguir comprar o estilo de vida com festas, mansão, iate e outras mordomias. O que poderia ser um drama devastador sobre o mercado financeiro é, na verdade, uma comédia extremamente irônica sobre os bastidores do mundo dos investimentos.

"A CORPORAÇÃO" (2003)

Este documentário canadense ostenta um dos tons mais críticos ao que ele chama de "corporação". Como a Igreja ou a monarquia antigamente, as grandes empresas têm hoje um papel tão importante para a sociedade que pode dicidir o seu rumo, muitas vezes sem que as pessoas saibam.
Com entrevistas como fio condutor, o comentário usa de grandes nomes, como o sociólogo Noam Chomsky, o cineasta Michael Moore e o empreendedor sustentável Ray Anderson, para fazer duras críticas ao sistema econômico atual. É uma obra importante para, no mínimo, entender o papel das grandes empresas no cotidiano das pessoas comuns.

"MARGIN CALL - O DIA ANTES DO FIM" (2011)

A crise de 2008 tornou-se um dos assuntos preferidos de Hollywood ao falar de Wall Street. "Margin Call" aborda um ponto de vista bem diferente de "Trabalho Interno" ou "A Grande Aposta".
O longa aborda a rotina de um grande banco nos Estados Unidos um dia antes de a bolha imobiliária, já evidente para alguns executivos, se tornasse pública.A produção, indicada ao Oscar de Melhor Roteiro Original, mostra como quase tudo em Wall Street é debatido em portas fechadas e muito antes de que a população, ou mesmo o governo norte-americano, tenha ideia do que está acontecendo.

"WALL STREET - PODER E COBIÇA" (1987)

O longa de Oliver Stone é uma das principais referências de Hollywood quando o assunto é o mercado financeiro. Bud Fox (Charlie Sheen) é um corretor da Bolsa que descobre todas as regalias que o mundo das ações pode trazer depois de se tornar o novo pupilo do bilionário Gordon Gekko, personagem que deu a Michael Douglas o Oscar de Melhor Ator.
Fox não demora para perceber todas as estretégias ilegais em que o alto investidor se mete para aumentar os dígitos da sua conta bancária. "Wall Street" é uma verdadeira parábola de como saber seus limites em um meio em que o dinheiro é tão importante e traz tantos benefícios. Mesmo que fique clara a má conduta de Gekko, até hoje sua famosa frase, "Ganância é algo bom", é reproduzida por jovens corretores.

"O CAPITAL" (2012)

Marc Tourneuil é um executivo de um grande banco europeu que acaba eleito CEO pelo conselho executivo para tampar um buraco enquanto a empresa passa por uma reestruturação. Tourneuil, no entanto, fica deslumbrado com os bônus bilionários e as regalias, como jatinhos e hotéis de luxo, ao qual seu cargo tem acesso.
Esta é a trama que o grego Costa-Gavras usa para falar do dia a dia de luxo dos altos executivos e abordar as relações econômicas entre as potências econômicas. Durante o longa, fica clara a influência de organizações norte-americanas e japonesas sobre as decisões tomadas no banco francês.


"CAPITALISMO: UMA HISTÓRIA DE AMOR" (2009)

Um dos principais críticos do ex-presidente Geroge W. Bush não deixou de dar seu parecer sobre a crise de 2008. Com foco no período de transição entre o governo republicano e o de Barack Obama, a principal crítica de Michael Moore é de que o governo norte-americano usou dinheiro de impostos para salvar os grandes bancos.
Com seu caricato estilo polêmico, o cineasta vai à porta das empresas em Wall Street "pedir o dinheiro de volta" com um megafone. Em uma das cenas mais divertidas, Moore chega a tentar isolar com fita uma das grandes corporações por não ter devolvido o dinheiro do contribuinte.

"TROCANDO AS BOLAS" (1983)

A comédia com Eddie Murphy e Dan Aykroyd pode parecer boba em uma primeira leitura. Dois milionários de Wall Street, os irmãos Duke, fazem uma aposta para que um bem-sucedido investidor do mercado financeiro (Aykroyd) troque de lugar com um malandro das ruas (Murphy) para ver o que acontece.
O longa inspirado em um conto de Mark Twain, no entanto, vai muito além da trama aparetemente infantil ao mostrar que até o desinformado Billy Ray Valentine (Murphy) consegue perceber que os milionários cometem uma série de ilegalidades sem se preocuparem. Os irmãos Duke foram inspirados nos irmãos Hunt que, entre o final dos anos 70 e o início dos anos 80, tentaram controlar o mercado da prata de forma fraudulenta.

"CAPITALISMO: UMA HISTÓRIA DE AMOR" (2009)

Um dos principais críticos do ex-presidente Geroge W. Bush não deixou de dar seu parecer sobre a crise de 2008. Com foco no período de transição entre o governo republicano e o de Barack Obama, a principal crítica de Michael Moore é de que o governo norte-americano usou dinheiro de impostos para salvar os grandes bancos.
Com seu caricato estilo polêmico, o cineasta vai à porta das empresas em Wall Street "pedir o dinheiro de volta" com um megafone. Em uma das cenas mais divertidas, Moore chega a tentar isolar com fita uma das grandes corporações por não ter devolvido o dinheiro do contribuinte.

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