Livro Preto e Branco: A importância da cor da pele (aqui)
O indivíduo pretensamente defensor de valores liberais que começa seu discurso falando sou preto, sou gay, nasci na periferia e por isso defendo tal e tal posição, não percebe que ele está apenas circunscrevendo seu discurso vitimista, de sinal mais ou menos trocado, dentro dos limites estabelecidos e ditados pelo politicamente correto, que nada mais é do que uma das armas mais poderosas que o gramscianismo criou para fins de guerra política. Afinal, não costumamos ver ninguém começar seu discurso dizendo sou branco, hetero, nasci em bairro nobre de família rica e por isso defendo tal e tal posição. E isso não é à toa.
Dar relevância à sua condição ou origem social, a cor de sua pele e à sua orientação sexual para com isso tentar conferir alguma legitimidade ou substância adicional a seu discurso é o mesmo que jogar de acordo com as regras impostas pelo inimigo que, supostamente, se pretende combater. Não está nem mesmo em linha com o pensamento liberal clássico, quiçá com valores conservadores. Usar esse tipo de apelo é o mesmo que fazer o jogo do inimigo, não importa o conteúdo que se segue de seu discurso. É postura típica de crias e filhotes do gramscianismo que ainda precisam aprender o bê-á-bá da guerra política.
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