O ex-presidente Lula registrou quatro queixas que viraram inquéritos sobre os possíveis crimes cometidos pelo autor de uma página no Facebook que incitava violência contra ele, pelos responsáveis pelo Pixuleco e por jornalistas do site "O Antagonista" e da revista "Veja". Segundo a Folha de S. Paulo, os pedidos de investigação foram protocolados após o ataque ocorrido contra o Instituto Lula, em julho de 2015, quando pessoas de dentro de um carro escuro jogaram uma bomba caseira no portão da entidade.
Ainda segundo a publicação, as queixas registradas pelo ex-presidente acontceram entre agosto e novembro de 2015 e o inquérito, agora, está a cargo da 17ª Delegacia de Polícia do Ipiranga, em São Paulo.
A primeira queixa de Lula foi protocolada em 21 de agosto de 2015 e pedia a investigação da página "Morte ao Lula", no Facebook. Segundo os advogados do ex-presidente, o autor da página, o advogado Márcio Luiz Curci Nardy, teria incitado crimes contra Lula, já que na página havia publicações e comentários em que se mencionava violência contra o ex-presidente.
Em seguida, no dia 4 de setembro, Lula registrou reclamações contra o famoso boneco inflável Pixuleco, que tem de 12 metros de altura e traz uma figura semelhante a Lula vestindo roupas de presidiário e com os pés presos a uma bola de ferro.
Além das duas queixas, o ex-presidente também pediu investigação aos autores do site O Antagonista, dizendo que sofreu calúnia, injúria e difamação.
Quinze dias depois, um novo pedido de investigação foi registrado, desta vez contra jornalistas da revista Veja, pela reportagem da edição 2450, ano 48, em que Lula aparece numa montagem "vestido com roupas listradas, como um presidiário".
Os inquéritos estão em andamento e sob a responsabilidade do delegado José Ricardo Marchetti, que recusou-se a comentar detalhes da investigação à publicação.
Em nota, os advogados de Lula afirmam que "aguardam o resultado das investigações para tomarem as providências cabíveis contra aqueles que as autoridades venham a apontar como possíveis autores de delitos".
A assessoria da revista Veja disse que não iria comentar o assunto. Os jornalistas do site O Antagonista também não quiseram comentar o caso. O advogado Márcio Nardy, criador da página no Facebook Morte ao Lula, disse não ter conhecimento sobre esse inquérito.