quarta-feira, 15 de junho de 2016

Por que você trabalha?



Alessandra Assad

Entenda como avaliar se uma empresa tem chances de ser duradoura em sua vida


Ainda que a principal preocupação dos brasileiros seja manter o emprego, ter estabilidade, pagar as dívidas e sustentar a família, não dá para negar que existe um esforço tremendo para se considerar o ambiente profissional um local onde devemos buscar não só o sustento, mas também a realização. Mas, será que essas são realmente coisas compatíveis?


Teresa Amabile, que é especialista em Criatividade e professora da Harvard Business School, e já trabalhou em projetos de inovação de processos e de melhoria da qualidade e produtividade com mais de 300 equipes em diversas empresas, formou sua opinião sobre o que faz com que os trabalhadores se tornem pessoas felizes, criativas, dedicadas e produtivas.



A professora destaca que, além de uma remuneração justa, um ambiente de trabalho saudável e estimulante é a diferença que atrairá e conquistará os talentos necessários para se aproveitar as grandes oportunidades que o momento oferece. Amabile destaca que é preciso que existam ainda as seguintes características:



Reconhecimento - um elogio sincero e oportuno tem um impacto muito positivo sobre a autoestima dos trabalhadores. Quando concluem uma tarefa com êxito, é o que eles esperam de seu chefe.



Respeito - tratar os trabalhadores como adultos responsáveis e ser justo e leal na convivência e nas negociações com eles.



Confiança - o lado prático do respeito. As pessoas podem necessitar de orientações, mas devem saber que seu chefe confia nelas para realizarem as suas tarefas com responsabilidade.



Crescimento individual - as pessoas querem evoluir e enfrentar novos desafios. Elas devem ter oportunidades para aplicar seus talentos, aprender coisas novas e desenvolver suas habilidades.



Ambiente saudável - trabalhar com pessoas que respeitamos e gostamos, chefe e colegas, é muito importante para manter o equilíbrio emocional e ter um dia de trabalho estimulante, agradável e produtivo.



Sentimento de propósito - as pessoas gostam de saber que estão contribuindo para alguma coisa valiosa. Elas necessitam saber quais são as intenções estratégicas da organização e como suas contribuições individuais se encaixam no todo.



Coerência e persistência - as pessoas esperam que seus chefes ajam de acordo com suas próprias palavras e sejam persistentes em seus objetivos.

A professora enfatiza e defende que os trabalhadores estão cansados dos modismos efêmeros, de embarcarem em canoas furadas e serem abandonadas nas primeiras dificuldades. Neste momento, em que as empresas enfrentam uma enorme deficiência de trabalhadores qualificados, principalmente no Brasil, e travam uma dura batalha para recrutar e manter os trabalhadores mais experientes, talentosos e criativos, é de vital importância estarem atentas às suas necessidades e aspirações profissionais.


Mas como avaliar se uma empresa tem chances de ser duradoura em sua vida?



Você pode começar respondendo às seguintes perguntas:



1. Você se sente bem dentro da empresa?
2. Você consegue ser você mesmo em qualquer situação, ou o ambiente/pessoas influenciam o seu comportamento lá dentro?
3. Existe algo em que você acredita nos princípios da empresa?
4. Você consegue se imaginar fazendo o que mais gosta lá dentro?
5. Os valores desta empresa estão alinhados com os seus valores?
6. Existe alguma sinergia entre você e as pessoas que trabalham lá?
7. Há espaço para você crescer/se desenvolver?
8. A empresa oferece um plano de carreira e de salários?
9. As instalações da empresa são adequadas para que o trabalho possa ser bem desenvolvido?
10. O ramo de atuação está em crescimento?
11. Esta é uma empresa confiável?
12. Você teria orgulho de trabalhar lá?
13. Você recomendaria esta empresa para um amigo ou para um irmão trabalharem?



Pense nas respostas. Elas vão direcioná-lo para um caminho de tomada de decisão para uma vida mais feliz, não só no trabalho, mas no conjunto corpo, mente e espírito, que podem fazer toda a diferença no mercado competitivo em que vivemos.

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