Somaram R$410 mil as doações de duas subsidiárias da construtora Queiroz Galvão, para a campanha da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), em 2014. A empresa é uma das investigadas na Lava-Jato por roubar e Petrobras.
Feghali chegou a mentiu, esta semana, afirmando ter recebido apenas uma doação da empresa nesta campanha. Mas os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contam outra história.
O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em depoimento sob acordo de delação premiada na Lava-Jato, revelou que a deputada pediu a ele que intermediasse doações da empreiteira para sua campanha.
Jandira recebeu R$ 300 mil da Energia Verde Produção Rural Ltda e R$ 110 mil da Cia. Siderúrgica Vale do Pindaré. Ambas são subsidiárias da Queiroz Galvão. isso corresponde a mais de um terço de tudo que Jandira arrecadou na campanha, R$ 1.173.855,49.
Machado afirmou que conseguiu “uma ajudazinha” da construtora Queiroz Galvão a pedido da deputada, segundo reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, que revelou o caso.
Ela admitiu haver pedido doações ao ex-presidente da Transpetro, como “pessoa física”, depois admitiu o recebimento do dinheiro das subsidiárias, em 2014, por meio do PCdoB. Ela disse ainda que as informações sobre a delação de Sérgio Machado são uma tentativa "de se criminalizar as doações formais e públicas, eliminando as investigações sobre o caixa 2".
Em 2010, Jandira recebeu R$ 120 mil da UTC, R$ 100 mil da Mendes Júnior divididas em duas doações, R$ 30 mil do estaleiro Keppel Fels, todos enrolados na Lava Jato.
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