A mulher do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entra na lista de réus da Operação Lava Jato. O juiz Sérgio Moro, que conduz a força-tarefa, aceitou a denúncia contra a jornalista Cláudia Cruz oferecida pelo Ministério Público Federal.
Moro também aceitou denúncias contra Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, o lobista João Augusto Rezende Henriques e o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada . Todos, agora, se tornam réus na Lava Jato.
Claudia e a filha de Cunha, Danielle Dytz da Cunha, foram alvos de uma investigação que foi desmembrada da apuração contra Eduardo Cunha que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira (7), Cunha voltou a pedir ao STF para retirar do juiz federal Sérgio Moro as investigações referentes à mulher dele e à filha. Sem sucesso.
A mulher do deputado afastado é apontada como beneficiária de uma das contas mantidas por ele na Suíça. Já a filha Danielle teria um cartão de crédito vinculado a uma das contas. Procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba afirmam que Cláudia Cruz e Danielle Dytz gastaram cerca de US$ 86 mil em compras de luxo, pagas com dinheiro de propina.
Procuradores apontam compras em lojas de renome como Chanel, Dior, Balenciaga e Louis Vuitton. Em janeiro de 2014, por exemplo, durante uma estadia em Paris, Claudia Cruz gastou US$ 17.483,84 em três dias. Foram US$ 7.707,37 na loja da Chanel, US$ 2.646,05 na Christian Dior, US$ 4.184,94 na Charvet Place Vendôme e US$ 2.945,48 na Balenciaga.
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